Rio Paraná vai provocar inundações a partir de hoje
(Foto:Reprodução).
Em Ilha Solteira, a areia da praia está desaparecendo porque a barragem tem menos de 7% para chegar ao limite de sua capacidade.
Ilha Solteira - Assessoria de imprensa da CESP- Companhia Energética de São Paulo, está comunicando à população ribeirinha do Paranazão que as vazões das duas maiores hidrelétricas do Estado de São Paulo – Ilha Solteira e Jupiá – vão aumentar a descarga porque as barragens estão atingindo o limite máximo. Em alguns pontos no município de Castilho, por exemplo, o rio poderá atingir 4,5 metros acima de seu nível normal para o período de estiagem e até um metro acima do nível da cheia do ano passado.
A usina de Ilha Solteira, maior retentora de água depois de Itaipú chegou às 14 horas de ontem(10) a 94,8% de sua capacidade ocupada. Um técnico, que não quis se identificar, comentou que “acabou a capacidade das barragens e agora, tudo que chegar tem que ser liberado”.
À jusante da hidrelétrica Engenheiro Souza Dias (Jupiá), o rio Paraná que estava com vazão de 15.900 metros cúbicos por segundo vai passar para 17 mil metros cúbicos por segundo, conforme previsão divulgada ontem pelo Boletim do Serviço Telecheia (0800- 467-9001) mantido pela empresa de energia.
O aumento vai representar 300% de volume d’água acima dos períodos normais do ano e entrada em operação de todo serviço de apoio da Defesa Civil em dezenas de municípios ribeirinhos tanto do lado paulista quanto do Mato Grosso do Sul.
A praia artificial de Ilha Solteira praticamente desapareceu porque o reservatório da usina hidrelétrica está quase na sua capacidade máxima e com isso, a lâmina d’água invadiu a areia e já chegou nos pés de coqueiro. A quadra de futebol de areia também já ficou debaixo d’água.
Mas, entre as usinas de Jupiá e Ilha Solteira, o rio Paraná mantém o nível controlado. As enchentes com alagamento de ruas em vilas ribeirinhas ou ranchos de pesca sempre ocorrem abaixo da usina de Jupiá, onde a geografia é bem mais baixa do lado do Mato Grosso do Sul - as águas com vazão acima dos 17 mil metros cúbicos por segundo sempre causam inundações de lavouras.