Segunda-feira, 12 maio 2025
 
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Dentista presa por seqüestro e cárcere privado em Ilha Solteira

Mestranda em odontologia pela Unesp de Araçatuba diz que pretendia matar um professor que a teria estuprado durante trabalho de escola.

Ilha Solteira - A dentista Rosângela Conceição Mioti de Souza foi presa na tarde dessa segunda-feira na Estância Turística de Ilha Solteira, após manter durante 4 horas sob mira de uma pistola 380, a empregada doméstica Maria de Lourdes, de 52 anos.

O delegado Miguel Ângelo Micas disse que o objetivo de Rosângela, que faz mestrado na Faculdade de Odontologia da Unesp em Araçatuba, era matar o professor universitário Elerson Gaetti Jardim Júnior e depois cometer o suicídio. Segundo o delegado a cirurgiã acusa o professor de a ter estuprado, mediante chantagem emocional.

O fato teria ocorrido nas dependências da Unesp de Araçatuba, durante atividade de orientação de TCC- Trabalho de Conclusão de Curso. O marido de Rosângela, que se identificou como ex-tenente Aguiar, da Polícia Militar do Mato Grosso, agora aposentado e vivendo em Ilha Solteira, confirmou essa história e disse aos policiais que chegou pedir para que Rosângela esquecesse a história.

A reportagem da Agência Visão tentou encontrar o professor Elerson, mas não conseguiu. Na casa de seus familiares em Araçatuba, uma senhora respondeu que ele estaria em Ilha Solteira, onde também não foi localizado.

Mas na manhã dessa segunda-feira, por volta das 9 horas, Rosângela foi até a casa do professor Elerson, que é casado com uma professora da Unesp de Ilha Solteira e que reside na rua Lajes 157 naquela cidade, e fez de refém a empregada doméstica. Rosângela exigia a presença do dono da casa, o professor Elerson que chegou comparecer rotineiramente na hora do almoço, mas foi impedido de entrar pela Polícia Militar.

Depois de afirmar aos policiais que sua vida “estava acabada” a seqüestradora libertou a refém. A Polícia Militar explicou que Rosângela chegou engatilhar a arma duas vezes e pressioná-la contra a própria cabeça, ameaçando o suicídio, mas no momento em que fazia uma ligação telefônica, soldados que estavam na cozinha da casa entraram rapidamente num dos dormitórios da residência e conseguiram desarmar Rosângela.

“A arma estava em cima da cama e ela já estava muito cansada para ter uma reação rápida e por causa disso, chegamos primeiro”, afirmou o Cabo Carlos que acompanhou a equipe de negociação. A empregada Maria de Lourdes foi socorrida e encaminhada ao hospital da cidade, sem ter sofrido qualquer ferimento além do constrangimento psicológico.

O delegado Ângelo Micas disse que as ações de Rosângela se caracterizam como seqüestro, cárcere privado e porte ilegal de arma. “Trata-se de uma pessoa sem antecedentes nem postura criminosa, mas acometida de angústia e desespero”, disse o delegado.