Terça-feira, 13 maio 2025
 
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Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

Murutinga do Sul – A Administração municipal de Murutinga do Sul, através da Secretaria de Promoção Social abriu oficialmente na ultima segunda - feira (13), a semana de prevenção ao abuso e a exploração sexual contra crianças e adolescentes. O evento conta com apoio total do prefeito municipal José Célio Campos, que afirmou estar atento aos problemas sociais.

“Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ocorrem no Brasil, por ano, cerca de 100 mil casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. Mas menos de 20% desses casos chegam ao conhecimento das pessoas encarregadas de tomar providências, nos estamos fazendo nosso papel, prevenindo, disse o prefeito”.

De 13 18 de maio estarão ocorrendo diversos eventos no município tais como palestras, passeatas e inúmeras atividades envolvendo os servidores públicos municipais e cidadãos murutinguenses. Ao final haverá um abraço simbólico ao centro poli esportivo Bruno Calestini.

Objetivo do projeto

Para a Secretária de Promoção Social Professora Valéria Luiza Marques Campos, Murutinga do Sul foi alvo de imagem negativa no passado. “A violência sexual contra crianças e adolescentes é um problema mundial. Por ser ilegal, clandestina e em grande parte doméstica, é uma questão ainda pouco visível e difícil de ser qualificada, o que dificulta a responsabilização dos agressores.

O mais frequente tipo de violência a que estão sujeitas crianças e adolescentes é aquele denominado estrutural, em função da precária situação sócio-econômica das famílias das quais grande parte das crianças e adolescentes vítimas se originam.

A defesa dos direitos e a proteção de crianças e adolescentes vítimas de violência e exploração sexual vêm sendo promovidas mediante ações integradas com as áreas de educação, saúde, cultura e justiça, visando à reintegração social e ao retorno da criança ou adolescente ao convívio da família e da comunidade. Nos não queremos essa imagem para Murutinga” disse a Secretária de Promoção Social.

As Denuncias

Os casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes podem ser denunciados por telefone. Basta discar o número 100. O “Disque 100” também recebe denúncias pelo e-mail disquedenuncia@sedh.gov.br.

O combate aos crimes sexuais contra crianças e adolescentes é interesse de todos nós. Lembre-se sempre que seus direitos devem ser respeitados!

Você sabe a diferença entre exploração sexual e abuso sexual?

A principal diferença entre esses dois tipos de crime é o interesse financeiro que está por trás da exploração.

Podemos dizer que a exploração e o abuso sexual fazem parte de um conjunto de condutas exercidas (com ou sem consentimento da criança ou adolescente) por uma pessoa maior de idade, que usa seu poder ou autoridade para a obter favores ou vantagens sexuais.

Abuso Sexual

Pode ser dentro ou fora da família. Acontece quando o corpo de uma criança ou adolescente é usado para a satisfação sexual de um adulto, com ou sem o uso da violência física.

Desnudar, tocar, acariciar as partes íntimas, levar a criança a assistir ou participar de práticas sexuais de qualquer natureza também constituem características desse tipo de crime.

Exploração sexual comercial

É o uso de crianças e adolescentes em atividades sexuais remuneradas (ou seja, em troca de dinheiro). Alguns exemplos são a explorações no comércio do sexo, a pornografias infantis e a exibição em espetáculos sexuais públicos ou privados.

Nesse tipo de violação aos direitos infanto-juvenis, o menino ou menina explorado passa a ser tratado como um objeto sexual ou mercadoria. Assim, ficam sujeitos a diferentes formas de violência, como o trabalho forçado.

Em outras palavras, a exploração ocorre quando a criança ou adolescente vende seu corpo porque foi induzida a essa prática, seja pela situação de pobreza absoluta, pelo abuso sexual familiar ou pelo estímulo ao consumo.

Uma criança não tem poder de decisão para se prostituir, mas pode ter seu corpo explorado por terceiros, que obtêm algum tipo de lucro com isso. Portanto, não existe “prostituição infantil”, e sim exploração sexual comercial de crianças e adolescentes.