Quinta-feira, 28 mar 2024
 
Facebook

Avançam os preparativos para a construção da ponte sobre o Rio Paraná

Com a verba para a primeira etapa das obras e caução da construtora já garantidas, assinatura do contrato é o último passo para o início do trabalho

Castilho - Os trâmites burocráticos em andamento para viabilizar o início da construção da ponte que vai ligar os municípios de Três Lagoas (MS) e Castilho (SP), pela BR-262, estão chegando ao fim.

Na última terça-feira (5), foi publicada uma nota de empenho no valor de R$ 30 milhões, suficiente para execução da primeira parte da obra, orçada em R$ 113 milhões. Quem afirma é o chefe do Serviço de Engenharia do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Mato Grosso do Sul, Guilherme Alcântara de Carvalho. Segundo o engenheiro, a construtora vencedora da licitação do último ano – a Potiguar A. Gaspar S.A. – também já encaminhou a caução do empreendimento, ou seja, assegurou o recolhimento de um percentual, previsto no edital, como forma de garantia da realização da obra.

A próxima etapa é a assinatura do contrato, cuja publicação no Diário Oficial possibilita a instalação do canteiro de obras e o início da construção. “Ainda não temos uma previsão exata de quando isso deve acontecer, mas podemos dizer que falta muito pouco para o início efetivo das obras”, informa Carvalho. “Todo começo de obra é demorado, mas não tenho dúvida de que agora nós temos condições de realizar o sonho da construção da ponte que une Três Lagoas a Castilho”.

Cuidados ambientais

Durante as fases de implantação e execução da obra, uma série de programas devem ser realizados para garantir tanto o bom andamento quanto o licenciamento ambiental do empreendimento. Dois deles já iniciaram suas atividades, conforme as exigências requeridas para a renovação da licença de instalação da obra, cujo pedido já foi protocolado pelo DNIT.

Tratam-se dos programas de educação ambiental e comunicação social, que vêm sendo desenvolvidos desde outubro do ano passado em ambos os municípios. Eles fazem parte do trabalho de gestão ambiental da obra, realizado pelo Projeto GPontes – uma parceria entre o DNIT e a Universidade Federal do Paraná (UFPR), por meio do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI), cujo objetivo é cumprir as condicionantes para a emissão das licenças requeridas por órgãos ambientais.

Dentre outros programas a serem desenvolvidos estão o de proteção dos corpos hídricos (monitoramento da qualidade da água), o de controle de ruídos e o de proteção da fauna e da flora.

Construção de um novo cenário

Uma vez iniciada, o tempo de execução da obra deve ser de 36 meses. A ponte, com extensão de 1.344 metros, ficará situada entre a barragem da Usina Hidrelétrica Engenheiro Souza Dias, conhecida como Jupiá, e a ponte ferroviária Francisco Sá. Os acessos serão compostos por uma pista de rolamento com duas faixas de tráfego e acostamentos, com extensão total de sete quilômetros e meio – sendo três quilômetros e meio no lado sul-matogrossense e outros quatro na margem paulista.

Pelo lado de São Paulo, eles partirão da rotatória de início da rodovia Marechal Rondon (SP 300); pelo Mato Grosso do Sul, devem começar na rotatória próxima à delegacia da Polícia Rodoviária Federal, no início da BR-262, conhecida como trevo da Cesp (Companhia Enérgica de São Paulo).

Mas as mudanças no cenário trazidas pela obra devem ter reflexos muito além da paisagem: “A principal mudança que essa ponte vai trazer é a ligação de uma rodovia que faz jus ao desenvolvimento da região”, avalia Carvalho.