Quinta-feira, 25 abril 2024
 
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Sem consenso na quarta, CCJ só vota reforma da previdência na semana que vem

(Foto: Reprodução/TV Câmara)

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados retomou na quarta-feira (17) a análise da proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência. A reunião começou com obstrução da oposição, por volta das 11h e foi suspensa um pouco depois do meio-dia. Às 12h45, o presidente do colegiado, Felipe Francischini (PSL-PR), retomou os trabalhos apenas para anunciar que a votação ocorreria somente na próxima semana, como previa o acordo inicialmente firmado na noite de segunda (15).

A oposição pediu a suspensão dos trabalhos por ausência do relator. Francischini alegou que ele registrou presença, mas estava em reunião para debater pontos do relatório. Uma confusão se instalou. Deputados da esquerda invadiram a Mesa, como se tornou costume nos últimos dias para pressionar Francischini, que disse: "A campainha quebrou. Nem a campainha eu tenho mais pra tentar colocar ordem".

O relatório do deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG) é pela constitucionalidade do texto apresentado pelo governo. A CCJ avalia somente se as porpostas estão de acordo com a Constituição Federal. Quem se posiciona sobre o mérito são as comissões temáticas e, no caso de PECs, uma comissão especial instalada na sequência.

Arthur Maia (DEM-BA), que foi relator da reforma apresentada pelo governo Michel Temer, mencionou que a proposta de Temer levou sete dias para passar pela CCJ, enquanto a proposta atual está na pauta da comissão há cerca de um mês.

Para o deputado José Guimarães (PT-CE), o adiamento da votação para a próxima semana, é "uma vitória com "v" maiúsculo". O líder do PP, Aguilnaldo Ribeiro (PB), comentou com colegas, antes mesmo do anúncio, que não havia a menor possibilidade da votação acontecer nesta quarta. "Eu mesmo já vou embora". Isso ocorreu por volta das 11h20.

Nota da Redação: Os artigos publicados neste espaço “Opinião” são de inteira responsabilidade de seus autores. As opiniões neles emitidas não exprimem, necessariamente, o ponto de vista do “Jornal Folha Regional de Andradina” e nem de sua direção.