Quarta-feira, 24 abril 2024
 
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Farmácia Municipal é exemplo de eficiência para toda região

Castilho - Atendendo uma média de 350 pacientes diariamente nos cinco dias úteis da semana, a Farmácia Pública mantida pela Prefeitura Municipal de Castilho está anos luz à frente do mesmo tipo de serviço oferecido em qualquer outra cidade da região.

Levantamento realizado junto aos funcionários do setor (que envolvem 02 farmacêuticos, 03 atendentes e uma escriturária responsável pelo processo de alto custo) revela que a Farmácia Municipal trabalha com uma média de 400 tipos diferentes de medicamentos. Esta quantidade é quase cinco vezes maior que a lista do Rename (Relação Nacional de Medicamentos Essenciais), editada e revisada regularmente pelo Governo Federal. A maioria das cidades vizinhas limita-se a fornecer os cerca de 80 medicamentos mais comuns desta lista.

Se você achou esta quantidade elevada, é porque não sabe que estes são apenas os números preliminares desta avaliação. Quando se fala em atendimento à população, também temos de considerar os medicamentos de alto custo, além dos remédios cuja compra é autorizada pela assistência social após avaliação de necessidade de cada caso.

A agente administrativa Luciana Neves de Carvalho confirma esta afirmação. Segundo ela, atualmente, quase 700 pacientes são atendidos com medicamentos considerados de alto custo pelo Governo Paulista.

Para dar conta deste fluxo, a Farmácia Municipal trabalha das 08h às 12h e das 13h às 17h, de segunda a sexta-feira. Para organizar e agilizar o serviço, o Departamento de Saúde implementouo sistema de senhas que permitem aos pacientes aguardarem o atendimento tranquilamente sentados.

Diferente do que acontece nas demais cidades da região, a Farmácia Municipal não faz distinção entre receitas. Segundo os funcionários, não importa se a receita foi expedida por um médico do SUS ou particular; se o paciente foi atendido num serviço público ou através de convênio médico; nem tampouco se a receita foi emitida em Castilho, outro município ou Estado. O importante é que a receita seja oficial e que a pessoa que está buscando o medicamento reside no município, o que é comprovado pelo Cartão próprio do CIS.

Abuso

Por investir em Saúde Pública o dobro do que determina a Lei, Castilho acabou tornando-se alvo do abuso costumeiro de quem vive na fartura. Luciana Neves relata que são muitos os medicamentos que permanecem nas estantes porque os cidadãos que tanto pediram por eles simplesmente deixam de buscá-los. E isso não é um ou outro caso isolado. São vários. Há situações, por exemplo, de pacientes que necessitam de medicamentos de alto custo ficarem até seis meses ou mais sem comparecerem para retirá-los. Quando estes aparecem e são informados que o fornecimento foi suspenso, ocorrem as queixas tão comuns, explica Luciana.

O mesmo acontece com medicamentos que a triagem realizada pelo serviço de Assistência Social do Centro Integrado de Saúde autoriza a compra (quando este não está disponível ou não é fornecido na Farmácia Municipal).

Queixas

Apesar disso, alguns cidadãos ainda se queixam por não terem sido atendidos. Na avaliação dos servidores ouvidos nesta reportagem, o problema é que ainda falta consciência da população. Temos muitos casos de medicamentos de alto custo que permanecem mais de um mês nas estantes, aguardando o paciente que acaba não indo retirá-lo. Isso é um custo que o Município poderia evitar ou direcionar para atender outros casos.

Também parece ser consenso entre eles a opinião de que são desperdiçados muitos medicamentos nos lares, pois a população não foi devidamente conscientizada para devolver os medicamentos não consumidos após o término do tratamento. Geralmente, estes remédios permanecem sem uso em alguma estante da casa até vencer e ser jogado fora, enquanto poderia ter ajudado outras pessoas em seus tratamentos. Segundo a Diretoria de Saúde do Município, qualquer cidadão pode e deve fazer isso, bastando juntar os remédios não utilizados e entregá-los na Farmácia Municipal.