Quarta-feira, 24 abril 2024
 
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Aprovação de meta fiscal é inicio para reequilíbrio das contas públicas, avalia PSDB

(Foto: Alexssandro Loyola)

Brasília - Após mais de 16 horas de sessão, o Congresso aprovou, na madrugada de quarta-feira (25), a nova meta fiscal, uma das prioridades da equipe econômica do governo Temer. Os parlamentares autorizaram que o país encerre o ano com um déficit de R$ 170,5 bilhões. A revisão da meta fiscal foi aprovada em votação simbólica em meio à dura obstrução de aliados da presidente afastada Dilma. Mais uma vez o PT foi contra o interesse nacional, mas acabou derrotado.

Deputados do PSDB avaliaram que o resultado foi uma demonstração de força da nova base aliada e deixou claro que o PT e seus satélites resolveram apostar no “quanto pior, melhor”, dificultando ao máximo a aprovação de medidas para tirar o Brasil do buraco em que o governo do próprio PT colocou o país.

Para os tucanos, a nova meta fiscal é um passo inicial para reequilíbrio das contas públicas. A aprovação da medida é considerada essencial para evitar que o governo fique paralisado. Nesta quarta-feira, o presidente interino Michel Temer comentou o resultado da votação e disse que “foi uma bela vitória”.

O líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA), afirma que o partido votou pela racionalidade. Segundo ele, o maior déficit da história foi obtido devido os devaneios dos governos petistas. “Esse rombo é oriundo da incompetência, da negligencia, da irresponsabilidade e da corrupção, que grassou durante tantos anos nos governos do PT”, disse durante o debate.

O deputado Duarte Nogueira (SP) apontou que o comportamento dos parlamentares petistas durante a sessão mostrou que o PT continua fazendo mal ao país. Conforme destacou, os aliados da presidente afastada fizeram uma “obstrução ferrenha contra a tentativa de consertar um erro crônico que eles, do PT, e seus agregados geraram ao país, especialmente com uma política econômica irresponsável ao longo dos últimos anos”.

O tucano lembrou que, a exemplo do que havia feito em 2015, Dilma enviou ao Congresso um proposta de LDO não condizente com a realidade. Ou seja, maquiou os números para esconder da sociedade a proporção real do rombo que causou aos cofres públicos. Em março deste ano, a petista encaminhou proposta com déficit de R$ 96,7 bilhões, que acabou sendo revista pela equipe de Temer e chegou ao valor de R$ 170,5 bilhões. Nogueira afirma que a economia se deteriorou em função da irresponsabilidade fiscal, da incompetência de gerenciamento, dos cabides de emprego e do uso da máquina pública para permanecer no poder e gerar a corrupção sistêmica.

“Ela gastou dinheiro sem autorização legislativa e fez movimentações bancárias sem respaldo legal. O governo havia sido desmoralizado e agora os que antes o integravam continuam trabalhando contra o Brasil. Mas o país não suporta mais esse tipo de gente”, apontou.

Na avaliação do deputado Bruno Covas (SP), essa foi a primeira grande vitória do governo Temer e que contou com a ajuda do PSDB. O deputado alertou que a revisão da meta foi importante para mostrar para a população o tamanho do descontrole deixado pelo governo de Dilma Rousseff. “Assim, não teremos mais nenhum tipo de maquiagem e poderemos jogar limpo com a população. Todos nós queremos retomar o rumo da economia”, afirmou.

Se a nova meta não fosse aprovada até a próxima segunda-feira, o governo federal teria de fazer um corte extra de R$ 137,8 bilhões, o que travaria a máquina pública e inviabilizaria a implementação dos projetos anunciados pelo presidente Temer para recuperar a economia, que era a pretensão dos petistas ao obstruir as votações.