Quinta-feira, 25 abril 2024
 
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Pool de bancos compra a CAB Ambiental de Cuiabá

Cuiabá - Os credores da Galvão Engenharia, principal empresa do Grupo Galvão e sócia-proprietária da CAB Ambiental - que comanda a CAB Cuiabá -, teve sua recuperação judicial aprovada na última sexta-feira pela assembleia geral de credores. Para conseguir aval, o grupo empresarial sinalizou pela venda da concessão da BR-153, da CAB Ambiental e de uma Pedreira em São Paulo. Informações não confirmadas pela empresa revelam que um pool de bancos já teria batido o martelo e comprado a CAB Ambiental.

Esses três créditos (BR-153, CBA Ambiental e Pedreira) não estão dentro da Recuperação Judicial solicitada pela Galvão Engenharia logo após a empresa ter seu nome envolvido nos escândalo da Operação Lava Jato e o seu presidente preso pela Justiça Federal. Na semana passada o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), esteve no Rio de Janeiro reunido com o juiz da Recuperação Judicial para saber a situação, pois está na iminência de romper a concessão de 30 anos, dos quais só decorreram 3 anos com a CAB Cuiabá, que lidera as reclamações no Procon.

A CAB Cuiabá tinha um ambicioso projeto para a Capital que seria de universalizar a água para 100% da população em até cinco anos e até 80% do esgotamento sanitário em até 10 anos, mas apesar da alegação de avanços por parte da direção da empresa, a Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos Delegados de Cuiabá (Aserc) apontou falhas que levaram a recomendação de intervenção, cancelamento da concessão ou uma tratativa com eventuais novos proprietários, pois já havia negociações em andamento sobre o futuro da CAB Ambiental. O grupo detém 16 empresas em vários estados do Brasil e municípios de Mato Grosso.

A alegação do Grupo Galvão para o pedido de Recuperação Judicial da Galvão Engenharia foi justamente a inadimplência da Petrobrás. A Galvão Engenharia foi a primeira das grandes empresas envolvidas no escândalo a pedir a Recuperação Judicial, o que foi seguido por outras grandes empreiteiras e construtoras.

A aprovação da recuperação foi decidida pelos três grupos de credores. Os trabalhistas votaram 100% pela aprovação. Micro e pequenas empresas 95,93%. Grandes credores, principalmente bancos, 89,69%, sendo que Caixa, Bradesco, Votorantim, Pine, BIB, ABC, HSBC foram a favor. Banco do Brasil se absteve. Itáu e Santander foram contra.