Sábado, 20 abril 2024
 
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Coligação Com a Força do Povo acionará revista Veja na justiça

Brasil - A Coligação Com a Força do Povo vai acionar judicialmente a revista Veja nesta sexta-feira (24) em razão das informações publicadas em sua mais recente edição, em quatro ações criminais e em outras quatro ações eleitorais. As ações judiciais criminais são: ação penal por calúnia e difamação contra o repórter que assina o texto e contra a revista; pedido de investigação à Procuradoria Geral da República (PGR) para que apure o suposto vazamento de parte da delação de Alberto Yousseff; pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que apure o suposto vazamento de parte da delação de Alberto Yousseff; pedido de indenização do PT por imagens.

As ações judiciais eleitorais são: pedido de direito de resposta na revista, no site da revista e nos demais veículos que reproduzirem a matérias, com pedido de liminar para que o direito de resposta seja exibido imediatamente;pedido para proibir que a revista faça qualquer tipo de publicidade do conteúdo da revista, por configurar publicidade em desfavor de campanha; representação junto ao TSE para que se investigue os abusos cometidos pela Veja ao longo da campanha eleitoral; pedido para que o Facebook retire o conteúdo da reportagem da rede, por se tratar de publicidade irregular. Na propaganda eleitoral na TV, a presidenta Dilma Rousseff falou sobre o assunto. Confira a íntegra:

“Meus amigos e minhas amigas, eu gostaria de encerrar minha campanha na TV de outra forma, mas não posso me calar frente a esse ato de terrorismo eleitoral articulado pela revista Veja e seus parceiros ocultos. Uma atitude que envergonha a imprensa e agride a nossa tradição democrática. Sem apresentar nenhuma prova concreta e mais uma vez baseando-se em supostas declarações de pessoas do submundo do crime, a revista tenta envolver a mim e ao presidente Lula nos episódios da Petrobras que estão sob investigação da justiça.

Todos os eleitores sabem da campanha sistemática que a revista move há anos contra Lula e contra mim, mas dessa vez a Veja excedeu todos os limites. Desde que começaram as investigações sobre ações criminosas do Senhor Paulo Roberto Costa eu tenho dado total respaldo a Policia Federal e ao Ministério Público até a sua edição de hoje, às vésperas das eleições que em todas as pesquisas apontam a minha nítida vantagem sobre meu adversário, a maledicência da Veja tentava insinuar que eu poderia ter sido omissa na apuração dos fatos.

Isso já era um absurdo, isso já era uma tremenda injustiça. Hoje a revista excedeu todos os limites da decência e da falta de ética, pois insinua que eu teria conhecimento prévio dos maus feitos na Petrobras e que o presidente Lula seria um de seus articuladores. A revista comete esta barbaridade, esta infâmia contra mim e contra o presidente Lula sem apresentar a mínima prova. Isso é um absurdo, isso é um crime, é mais do que clara a intenção malévola da Veja de interferir de forma desonesta e desleal nos resultados das eleições. A começar pela antecipação da edição semanal para hoje, sexta-feira, quando normalmente chega às para as bancas no domingo.

Mas como das outras vezes e nas outras eleições, Veja vai fracassar no seu intento criminoso. A única diferença é que dessa vez ela não ficará impune. A justiça livre desse país seguramente vai condená-la por esse crime. Ela e seus cúmplices tampouco conseguirão sucesso no seu intento criminoso. O povo brasileiro tem maturidade suficiente para discernir entre a mentira e a verdade. O povo brasileiro sabe que não compactuo e nunca compactuei com a corrupção. A minha história mostra isso. Farei o necessário, doa a quem doer, de investigar e de punir quem mexe com o patrimônio do povo.

Sou uma defensora intransigente da liberdade de imprensa, mas a consciência livre da nação não pode aceitar que mais uma vez se divulgue falsas denúncias no meio de um processo eleitoral em que o que está em jogo é o futuro do Brasil.

Os brasileiros darão sua resposta à Veja e seus cúmplices nas urnas e eu darei minha resposta a eles na justiça.”